quinta-feira, 1 de julho de 2010

Solteiríssima :

Ah, a solteirice ajuda… Apesar da torcida contra, das tias de plantão querendo nos converter à vida de clausura conjugal, apesar de eu achar lindo uma noiva entrando na igreja, não há sequer uma célula no meu organismo pulsando para casar. Me chamam de solteira assumida.
Que contradição! Se assumisse, não seria solteira. O verdadeiro solteiro não tem amarras nem consigo mesmo. E, olha que ironia, nunca está sozinho. Aquele papo de "antes só do que mal acompanhado", não cola. Para um solteiro legítimo, não há companhia ruim, há experiência de vida. E sim, somos quem mais ama! Um de cada vez, vários, muitos ao mesmo tempo. Se um coração não tem dono - bate independente da vontade - por que nós teríamos?


Você entra em casa, não tira o salto, apoia na mesa desabotoa a saia preta e deixa o tecido escorregar pelas suas pernas. De calcinha e sutiã, vai até a geladeira serve se de uma bebida - e senta na poltrona junto à janela para ler um livro. Você sabe que é hora do tipão do seu vizinho chegar do trabalho e, discretamente, dar uma conferida na sua silhueta. Você sente o olhar dele queimando a sua pele, o peito chega a saltar do sutiã convidando "vem, vem". Ele não tem coragem. Quando desaparece para buscar o binóculo, você já está em outra posição. Um dia, ele vem...

Em 15 de agosto é Dia do Solteiro. Se descompromisso fosse ruim, haveria um Dia dos Casados. Aproveite.

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